Por Guilherme Paixão
Data: 5 de setembro de 2024

Rooftop: entenda o novo modelo de bares e restaurantes das grandes cidades

Estabelecimentos no topo de prédios com vista têm se tornado comuns nas grandes metrópoles

Nos últimos anos, os rooftops ganharam espaço no cenário gastronômico das grandes cidades brasileiras. Esses estabelecimentos oferecem uma experiência diferenciada ao unir gastronomia, coquetelaria e uma vista privilegiada, criando um ambiente sofisticado e convidativo para os clientes.

A tendência acompanha o crescimento da busca por espaços que proporcionem momentos “instagramáveis” e experiências exclusivas. Seja para um almoço executivo, um happy hour ou uma noite especial, os rooftops conquistam diferentes públicos e se consolidam como um modelo de negócio promissor no setor de food service.

Uma experiência única de lazer e gastronomia

O grande diferencial dos rooftops está na combinação de culinária de qualidade, drinks elaborados e um cenário de tirar o fôlego. Esses espaços são projetados para valorizar a paisagem urbana, oferecendo aos clientes uma sensação de exclusividade e desconexão da rotina agitada da cidade.

Jonas de Paiva, proprietário do Picco, rooftop localizado em Belo Horizonte, destaca essa característica. “O cliente encontra uma conexão com a natureza, no ponto mais alto do Buritis, encostado na montanha, com uma vista panorâmica incrível de Belo Horizonte abaixo”, explica. Além disso, a equipe do restaurante busca potencializar essa experiência com atendimento qualificado e um ambiente acolhedor.

A decoração também desempenha um papel fundamental na experiência. Segundo Jonas, o design do Picco foi pensado para não obstruir a vista da cidade, criando um ambiente versátil. “Nos dias quentes, nossa decoração remete a beach clubs praianos, enquanto nos dias frios se assemelha a estações de esqui no alto de grandes vales”, conta.

Público variado e programação estratégica

Os rooftops atendem a um público diversificado, que varia conforme o horário e a programação oferecida. Durante a semana, muitos estabelecimentos apostam em almoços executivos e opções para delivery, atraindo profissionais e moradores da região. Já nos finais de semana, os espaços se tornam pontos de encontro para famílias, casais e grupos de amigos.

De acordo com João Paulo de Albuquerque, dono do Outland, também em Belo Horizonte, o público que frequenta o estabelecimento é muito diversificado.

“Recebemos desde casais e grupos de amigos que querem celebrar momentos especiais até famílias que aproveitam nosso espaço kids para curtir um jantar com conforto. Além disso, o Outland atrai clientes corporativos para reuniões e eventos, e também turistas e moradores que buscam uma nova perspectiva da cidade”, analisa.

Uma tendência em ascensão no Brasil

A popularidade dos rooftops nas grandes cidades brasileiras demonstra que esse modelo de negócio veio para ficar. Além de oferecer uma experiência diferenciada, esses estabelecimentos atendem à demanda crescente por espaços que combinam boa gastronomia, entretenimento e paisagens inesquecíveis.

Com um público cada vez mais exigente, investir em um rooftop pode ser uma estratégia promissora para empresários do setor de food service. O segredo do sucesso está em oferecer um ambiente bem planejado, atendimento de qualidade e uma identidade forte, tornando cada visita uma experiência memorável.

Além disso, cidades como São Paulo e Rio de Janeiro têm se destacado com uma variedade de rooftops que oferecem vistas panorâmicas e cardápios diversificados, atraindo tanto moradores locais quanto turistas em busca de novas experiências gastronômicas.

O termo rooftop, em inglês, significa literalmente “topo do telhado” ou “cobertura”. Na prática, refere-se ao espaço localizado no topo de um edifício, que é projetado para diversas atividades, como lazer, socialização, eventos, ou até mesmo para o cultivo de hortas urbanas.

Um outro fenômeno que estamos vivendo são as bebidas sem álcool e novos lugares que estão sendo explorados como: cafeterias e locais frequentados de dia nos grandes centros urbanos.