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Bares e restaurantes apostam em nicho para fidelizar clientes

Bares e restaurantes apostam em nicho para fidelizar clientes
Loja-conceito da Dobro fica dentro da Running Land, ao lado do Parque Ibirapuera, em SP - Divulgação / Dobro

Por Guilherme Paixão
Data: 25 de agosto de 2025

Negócios de nicho crescem no setor ao conectar bares e restaurantes a estilos de vida específicos

O setor de bares e restaurantes sempre foi um reflexo das transformações sociais. Mais do que locais para se alimentar, esses espaços representam hábitos, estilos de vida e modos de convivência. Nos últimos anos, um movimento tem chamado a atenção: o crescimento de estabelecimentos que não buscam agradar a todos indistintamente, mas que apostam em nicho, criando experiências que se conectam de maneira direta com grupos de clientes.

Ciclistas, corredores, veganos, amantes de pets, gamers. Cada vez mais surgem bares e restaurantes que entendem a importância de falar a língua de diferentes nichos.

Um dos exemplos mais emblemáticos dessa tendência é o D Running Bar, inaugurado em 2025 em São Paulo. A ideia partiu da Dobro, uma marca conhecida no mercado de suplementos, que decidiu expandir seu alcance criando um espaço físico dedicado aos corredores e entusiastas da vida saudável.

Localizado próximo ao Parque do Ibirapuera, um dos principais pontos de treino da cidade, o bar se propõe a ser um ponto de encontro para quem corre, seja de forma profissional ou amadora.

No cardápio, os itens já revelam a proposta do espaço. Smoothies com nomes como “RP”, “Pace Fofoca” e “Pós-Longão” foram pensados para dialogar com a rotina do público-alvo, ao mesmo tempo em que oferecem uma experiência nutricionalmente equilibrada.

O local também comercializa géis de carboidrato e outros produtos funcionais, tudo elaborado em parceria com nutricionistas. A proposta é clara: demonstrar que é possível cuidar da performance sem abrir mão da convivência social.

Mais do que um bar, o D Running Bar foi pensado como um ponto de apoio para quem faz dos treinos parte da rotina. A marca entende que o atleta moderno não busca apenas desempenho físico, mas também espaços de socialização alinhados ao seu estilo de vida.

Assim, o bar organiza eventos, treinos em grupo e palestras, reforçando a noção de comunidade. Em São Paulo, onde o número de praticantes de corrida cresce a cada ano, a iniciativa dialoga com um público que já movimenta competições, marcas esportivas e até o calendário cultural da cidade.

Esse modelo mostra como bares e restaurantes podem se tornar extensão dos estilos de vida. Ao invés de apenas vender produtos, o D Running Bar entrega pertencimento. Quem frequenta sente que está em um lugar que entende suas rotinas, seus desafios e até a linguagem daquele nicho. Para os clientes, isso significa reconhecimento. Para o negócio, representa fidelização. Não por acaso, a expectativa é de faturamento mensal em torno de R$ 30 mil, com planos de expansão para outras cidades brasileiras.

Quando o nicho surge do pedal: a experiência do P.Cycle

P Cycle, em Nova Lima, atrai diversos ciclistas. Foto: Divulgação

Se em São Paulo o nicho de corredores ganhou um bar para chamar de seu, em Belo Horizonte a ideia se desenvolveu a partir da bicicleta. O P.Cycle nasceu como oficina especializada, mas logo se transformou em ponto de parada e encontro para ciclistas da região. Diferentemente do D Running Bar, que já surgiu estruturado a partir de uma marca consolidada, o P.Cycle cresceu de forma orgânica, ouvindo o público e adaptando o espaço para agradar as pessoas daquele nicho.

José Francisco F. Pinto, fundador ao lado da esposa Paula, lembra que o desafio inicial foi imenso. “Abrimos a lanchonete/bar com muito pouco ou nenhum conhecimento/experiência, isso certamente foi um grande desafio”, conta. O aprendizado veio da prática e da observação de quem entrava no espaço. Aos poucos, a oficina foi se tornando também um lugar de convivência, com mesas, cardápio e um ambiente acolhedor.

O cardápio reflete esse encontro entre esporte e gastronomia. Para os ciclistas que chegam esfomeados depois de horas de trilha, há o clássico pão com linguiça alemã acompanhado de mostarda de jabuticaba. Para quem busca opções mais leves, os sucos funcionais, como a mistura de açaí, laranja e gengibre, oferecem energia e frescor. O espaço, mais do que alimentar, cria identidade. “Nosso ambiente foi criado pelos usuários, começamos bem pequenos e sempre nos mantivemos em crescimento, acompanhando os desejos dos ciclistas”, explica Francisco.

Assim como em São Paulo, a proposta do P.Cycle vai além do ato de consumir. O que se forma ali é uma comunidade ciclista que encontra no bar um ponto de apoio depois de treinos e passeios. A lógica é semelhante à do D Running Bar: entender que quem adota o esporte como parte do cotidiano não procura apenas desempenho, mas também ambientes que dialoguem com essa escolha de vida.

A diferença está na origem. Enquanto em São Paulo a iniciativa foi planejada de cima para baixo, com uma marca estudando o mercado e estruturando o espaço, em Belo Horizonte o movimento surgiu de baixo para cima, da vivência dos clientes. Nos dois casos, o resultado é o mesmo: pessoas que se sentem compreendidas e representadas.

A força dos negócios de nicho

Seja no pedal de Belo Horizonte ou na corrida de São Paulo, bares e restaurantes que se conectam com públicos específicos mostram a força de um conceito que vem crescendo em todo o mundo: os negócios de nicho. Em um mercado competitivo, onde a oferta de estabelecimentos é vasta, criar laços com grupos definidos pode ser mais eficiente do que tentar agradar a todos.

Além de ciclistas e corredores, há inúmeros exemplos que se multiplicam pelo país. Bares pet friendly, que oferecem cardápios para cães e gatos. Cafeterias voltadas para gamers, com consoles e torneios. Restaurantes que se dedicam a dietas restritivas, como vegana ou sem glúten. Até espaços que se tornam referência para comunidades de imigrantes, oferecendo um pedaço de sua cultura e identidade gastronômica para os componentes de determinado nicho.

O ponto em comum é a valorização da identidade e do pertencimento. Clientes deixam de ser apenas consumidores e passam a se enxergar como parte de algo maior, como membros de uma comunidade. Esse sentimento é poderoso e, quando bem trabalhado, se traduz em lealdade e recorrência.

Do ponto de vista do setor, trata-se também de uma oportunidade de diferenciação. Em vez de competir apenas pelo preço ou pela localização, esses estabelecimentos oferecem algo intangível: a sensação de estar no lugar certo, com pessoas que compartilham valores e interesses semelhantes. É nesse aspecto que o nicho se mostra estratégico, já que permite criar vínculos profundos com grupos específicos.

Essa tendência reflete mudanças mais amplas no comportamento de consumo. Em uma sociedade conectada, onde as pessoas se organizam em torno de paixões e estilos de vida, bares e restaurantes que entendem essas dinâmicas se tornam mais relevantes. O cliente busca ser reconhecido. Seja como corredor que venceu mais um longão, seja como ciclista que concluiu uma trilha difícil, seja como amante de pets que quer sair para jantar sem deixar o cachorro em casa. Para cada um desses perfis, sempre haverá um nicho esperando para ser explorado.

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Guilherme Paixão

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Jornalista formado pelo Centro Universitário de Belo Horizonte, com experiência em redação, assessoria de imprensa e comunicação digital. Atualmente, integra a equipe da Agência de Notícias da Abrasel.

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