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Comidas típicas movimentam economia em diferentes regiões do país

Comidas típicas movimentam economia em diferentes regiões do país
Tacacá é uma das comidas mais tradicionais do norte do país. Foto: Felipe Vieira

Por Guilherme Paixão
Data: 9 de maio de 2025

Comidas típicas movimentam economia em diferentes regiões do país

Em cada canto do Brasil, a culinária exerce um papel fundamental na preservação da cultura, na construção da identidade coletiva e no estímulo à economia local. Pratos tradicionais, que muitas vezes nasceram em cozinhas simples ou em saberes transmitidos de geração em geração, hoje se transformam em verdadeiros símbolos regionais e motores de desenvolvimento. É o caso do doce de leite de Viçosa, em Minas Gerais, e do tacacá, em Belém do Pará – duas receitas que, além de saborosas, movimentam negócios e encantam turistas.

A força das comidas típicas vai além do paladar: elas geram renda, atraem visitantes, impulsionam empreendimentos e criam conexões emocionais entre quem cozinha e quem consome. Para bares e restaurantes, incluir pratos regionais no cardápio reforça a autenticidade da casa e o vínculo com a cultura local. Em tempos de busca por experiências mais verdadeiras, a gastronomia regional se consolida como ativo estratégico do setor.

Doce de leite de Viçosa: sobremesa típica mineira com sabor de infância

Famoso na Zona da Mata mineira, Doce de Leite Viçosa tem buscado inovar cada vez mais com novos sabores. Foto: @docedeleitevicosaoficial

Na charmosa cidade de Viçosa, no interior de Minas Gerais, um doce se tornou símbolo afetivo, cultural e econômico: o famoso doce de leite da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Produzido desde a década de 1980, o produto ganhou fama nacional e virou referência de qualidade em concursos e premiações. Mas, além do reconhecimento técnico, o doce de leite Viçosa ocupa um lugar especial na memória afetiva de quem cresceu na região – e aparece com frequência nas prateleiras e cardápios da cidade.

O chef José Zaharam Rodrigues Júnior, do restaurante Casa Cedrus, não esconde o carinho que tem pelo produto. “Quando se fala em doce de leite no meu restaurante, sempre é Viçosa. Ele é base de sobremesas como rocambole e torta de banana. Minha boca até saliva ao lembrar do clássico doce de leite com queijo minas”, conta. Para ele, o doce carrega a essência da culinária mineira: simplicidade, tradição e sabor.

Zaharam destaca que o produto vai além da mesa: “O doce de leite Viçosa é como um passaporte. Vai marcar uma consulta em outra cidade? Diga à secretária: ‘quando eu for aí consultar, vou levar para você o doce de leite Viçosa’. Rapidinho ela retorna dizendo que houve uma desistência e poderá lhe atender no dia seguinte. Ele abre portas”, brinca o chef, revelando o poder simbólico e afetivo do produto.

Apesar de ainda pouco explorado na alta gastronomia local, o chef acredita no grande potencial do doce de leite Viçosa para compor receitas mais elaboradas e criativas. “Ele representa a autêntica receita mineira: leite e açúcar. É gosto de infância, das fazendas, das cidades do interior. É mais que um produto — virou patrimônio”, afirma.

Recentemente, o doce de leite passou a ser exportado para os Estados Unidos, levando consigo o nome da cidade e da universidade. A repercussão trouxe visibilidade para Viçosa e pode impulsionar o turismo gastronômico da região. “É um orgulho ver um produto tão nosso ganhando o mundo. E isso ajuda a colocar Viçosa no mapa não só da educação, mas também da gastronomia”, destaca o chef.

Além de encantar os moradores locais, o doce de leite também atrai visitantes. Muitos turistas que chegam à cidade buscam o produto como lembrança ou como experiência gastronômica. Restaurantes e docerias que apostam na valorização do ingrediente ganham pontos com o público e se destacam no mercado.

Tacacá: uma cuia de cultura e resistência no coração da Amazônia

Tacacá é uma das comidas mais tradicionais do norte do país. Foto: Felipe Vieira

No norte do Brasil, outro prato típico exerce papel fundamental na economia e na cultura de uma região: o tacacá. Feito com tucupi, jambu e camarão seco, o caldo quente e aromático é servido em cuias e integra o cotidiano dos paraenses, consumido nas ruas, nas casas e nos restaurantes. Em Belém, o tacacá vai além da comida – é um ritual, uma conexão com as raízes indígenas e uma demonstração do espírito comunitário do povo amazônico.

“O tacacá é muito mais do que um prato típico; ele é uma representação viva da história e da cultura do nosso estado”, afirma Rafael Barros, proprietário do restaurante Amazônia na Cuia. Para ele, cada comida servida conta a história da sua gente. “Ele carrega memórias afetivas, ancestralidade e a riqueza dos ingredientes amazônicos. Servi-lo é celebrar tudo o que o Pará representa”, diz.

No restaurante, o tacacá está entre os itens mais procurados, tanto por moradores quanto por turistas. O sucesso do prato é tamanho que virou até trilha sonora: a música “Tacacá”, da cantora Joelma, aumentou ainda mais o interesse pelo caldo e fortaleceu o orgulho paraense. “A música despertou orgulho no paraense. Foi uma das precursoras na valorização do tacacá”, afirma Rafael.

Segundo ele, o impacto do prato alcança toda a cadeia. O tacacá movimenta desde pequenos produtores e feirantes até grandes empreendimentos da gastronomia. “As barracas de rua vendem tacacá desde o século passado. É algo que move a economia e incentiva o turismo. A gente começou com 5m², e a comida típica sempre esteve com a gente”, conta o empreendedor.

A valorização do prato típico também serve como estratégia de posicionamento para o Amazônia na Cuia. “Não vendemos apenas comida. Oferecemos uma experiência cultural. O tacacá é um símbolo da hospitalidade e da força do nosso povo. Ele conecta as pessoas à sua terra, à sua história”, diz Rafael.

Comidas que geram valor

Casos como os de Viçosa e Belém mostram como as comidas típicas brasileiras geram valor econômico e cultural. Ao mesmo tempo em que alimentam, elas preservam histórias, impulsionam negócios e promovem destinos. Para bares e restaurantes, a aposta em receitas regionais também representa uma maneira de se diferenciar no mercado e reforçar sua identidade.

Em um mundo cada vez mais globalizado, a autenticidade virou um diferencial competitivo. E a comida, com sua força simbólica e emocional, está no centro dessa transformação. Ao valorizar os ingredientes locais, as tradições e os saberes populares, empreendedores do setor de alimentação fora do lar ajudam a construir um Brasil mais saboroso, diverso e conectado às suas raízes.

Festival Brasil Sabor 2025 traz o melhor da gastronomia nacional

Entre os dias 15 de maio e 1º de junho, consumidores de todo o Brasil poderão vivenciar uma verdadeira celebração da gastronomia nacional com o Festival Brasil Sabor 2025, promovido pela Abrasel. Em sua 19ª edição, o evento reúne bares e restaurantes de todas as regiões do país com pratos exclusivos criados especialmente para o festival, inspirados na cultura e nos ingredientes locais.

Com o tema “A Celebração da Cozinha Brasileira”, o Brasil Sabor é uma oportunidade única para conhecer sabores diferentes, apoiar a culinária regional e aproveitar preços promocionais em receitas criativas e cheias de identidade. Os pratos estarão disponíveis nos salões dos restaurantes, por delivery ou take away, facilitando o acesso do público.

Em 2024, o evento contou com mais de 740 restaurantes participantes em 79 cidades e 18 estados. Neste ano, a expectativa é ainda maior — então prepare-se para explorar novos sabores no seu restaurante favorito ou descobrir aquele lugar especial que você ainda não conhece.

Para saber quais estabelecimentos participam na sua cidade, acesse: www.brasilsabor.com.br

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Guilherme Paixão

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Jornalista formado pelo Centro Universitário de Belo Horizonte, com experiência em redação, assessoria de imprensa e comunicação digital. Atualmente, integra a equipe da Agência de Notícias da Abrasel.

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