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Cultura de proteção de dados: como bares e restaurantes garantem a segurança dos clientes

Cultura de proteção de dados: como bares e restaurantes garantem a segurança dos clientes
Em muitos casos, os riscos não estão em grandes ataques cibernéticos ou hackers sofisticados, mas em erros simples do dia a dia. Foto: Sora

Por Guilherme Paixão
Data: 5 de setembro de 2025

Mais do que cumprir regras legais, a proteção de informações pessoais virou parte da experiência do consumidor

Quando o assunto é segurança em bares e restaurantes, o que normalmente vem à mente são cozinhas limpas, alimentos bem armazenados e cardápios que respeitam restrições alimentares. Mas existe uma outra dimensão de segurança que vem ganhando espaço: a proteção de dados. Cada vez mais, os clientes deixam rastros digitais em reservas online, programas de fidelidade, pedidos em aplicativos ou até no cadastro para acessar o Wi-Fi. Esses dados, se mal administrados, podem se transformar em fonte de problemas.

Segundo Christiano Guimarães, consultor em Segurança da Informação, o cuidado vai muito além da legislação. Ele defende que bares e restaurantes precisam criar uma cultura de proteção de dados, um compromisso diário de respeito às informações dos clientes. “Nos bares e restaurantes, os principais dados sensíveis são as imagens captadas por câmeras ou em ações de marketing, as informações de saúde como alergias e restrições alimentares, e também os dados financeiros, como cartão de crédito. Até os hábitos de consumo e a geolocalização entram nessa lista. O risco maior não está em coletar esses dados, mas em não ter controle sobre como eles são armazenados e usados. Aí é que começam os problemas”, explica.

Onde estão os maiores riscos

Em muitos casos, os riscos não estão em grandes ataques cibernéticos ou hackers sofisticados, mas em erros simples do dia a dia. Christiano aponta situações que parecem inofensivas, mas expõem clientes a prejuízos.

“O primeiro erro é coletar dados sem explicar a finalidade, onde e quando serão armazenados, quanto tempo levará para o descarte e como será descartado. Isso acontece em cadastros de reserva, promoções ou até no acesso ao Wi-Fi. Outro erro frequente é divulgar e compartilhar informações de clientes pelo WhatsApp ou apps similares, sem qualquer controle. Já vi casos de listas com nome, CPF e telefone circulando livremente. E tem ainda o uso de fotos de clientes em redes sociais sem consentimento. Parece detalhe, mas cada um desses pontos pode virar processo e com isso prejuízo”, afirma.

Essas práticas, muitas vezes feitas de forma automática, sem má-fé, expõem bares e restaurantes a processos e perdas financeiras. Mas, mais do que isso, criam um risco ainda mais grave: a perda da sensação de segurança do consumidor. Sem proteção clara e bem comunicada, o cliente se sente vulnerável.

Leia mais:

  • Como bares e restaurantes devem se adaptar à LGPD
  • Importância da reputação online na escolha de bares e restaurantes
  • 5 passos para digitalizar a operação do seu restaurante e aumentar a eficiência

Impacto direto na reputação

Quando um restaurante sofre um vazamento de dados, o problema não se limita à possibilidade de multa. Para o consultor, o dano mais sério acontece na credibilidade da marca.

“Um vazamento nunca fica só no campo jurídico. Claro que existe o risco de multa e processo, mas o impacto mais pesado costuma ser na reputação. O cliente que descobre que seus dados foram expostos perde segurança no estabelecimento — e recuperar essa segurança é muito mais caro do que investir em prevenção. Em alguns casos, o dano de imagem afasta não só clientes, mas também parceiros e fornecedores”, alerta Christiano.

A lógica é simples: se o cliente não percebe sinais de proteção de dados no dia a dia, ele pensa duas vezes antes de retornar. Isso vale tanto para informações financeiras quanto para dados pessoais, como hábitos de consumo ou preferências registradas em sistemas de fidelidade.

Como criar uma cultura de proteção

A boa notícia é que criar essa cultura não depende de grandes investimentos tecnológicos. Medidas simples já são capazes de reduzir significativamente os riscos.

Christiano destaca algumas ações práticas: “Não precisa começar com grandes investimentos. Algumas medidas simples já fazem diferença: evitar compartilhar dados de clientes e funcionários via WhatsApp, proteger planilhas e sistemas com senha, pedir consentimento antes de usar fotos ou começar a enviar promoções para os clientes e treinar toda a equipe para nunca expor informações de ninguém sem necessidade e/ou consentimento. São passos básicos, mas que mostram respeito ao cliente e já criam uma cultura de cuidado dentro do negócio.”

Essa cultura de proteção depende de exemplos diários: o garçom que não anota dados em papel sem segurança, o gerente que orienta sobre o descarte correto de cadastros antigos, o marketing que pede autorização antes de publicar uma foto de cliente em rede social. Cada detalhe transmite a mensagem de que aquele estabelecimento zela pela proteção de quem está à mesa.

Mais comportamento do que tecnologia

“A maior falha não está na tecnologia, mas na cultura da equipe”, destaca Christiano Guimarães, consultor em Segurança da Informação.

Muitos empresários acreditam que segurança de dados depende de softwares avançados e grandes estruturas digitais. Mas, para o consultor, o ponto central está no comportamento humano.

“A maior falha não está na tecnologia, mas na cultura da equipe. De nada adianta ter o melhor software se o garçom continua mandando dados de clientes por WhatsApp ou se o gestor deixa os exames admissionais dos funcionários em uma gaveta que todo mundo tem acesso. A tecnologia ajuda, claro, mas ela só funciona quando existir consciência e disciplina no dia a dia. Ou seja, o problema não é só falta de ferramenta, é falta de conhecimento, comportamento correto e orientação interna”, afirma.

Esse olhar mostra que a segurança da informação deve estar no mesmo nível de atenção que a segurança alimentar. Treinar a equipe, estabelecer regras claras e criar rotinas de cuidado são ações que custam pouco, mas impactam muito na percepção de proteção do público.

A proteção como parte da experiência do cliente

Em um cenário em que consumidores valorizam cada vez mais a transparência, o cuidado com dados se transforma em diferencial competitivo. Quando um cliente percebe que suas informações estão sob proteção efetiva, ele associa isso ao profissionalismo do estabelecimento.

Para bares e restaurantes, essa proteção pode se traduzir em mais visitas e fidelização. Assim como ninguém quer se alimentar em um lugar onde não confia na higiene da cozinha, também não quer frequentar um local que descuida de seus dados pessoais.

No fim das contas, a proteção de dados é menos sobre tecnologia e mais sobre respeito. Respeito ao tempo, ao dinheiro e às escolhas de cada cliente. Uma cultura de proteção bem aplicada transforma o relacionamento entre o negócio e o público, garantindo não só segurança, mas também lealdade e reconhecimento.

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Guilherme Paixão

Administrator

Jornalista formado pelo Centro Universitário de Belo Horizonte, com experiência em redação, assessoria de imprensa e comunicação digital. Atualmente, integra a equipe da Agência de Notícias da Abrasel.

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